11.29.2017
10.21.2017
9.27.2017
8.24.2017
UTOPIA
Venho de um lugar, onde à
tardinha
os pássaros voltam, em revoada,
e o som do sino da  capelinha,
acompanha tristemente
o sol em retirada...
Venho de um lugar, onde aos
domingos,
a banda retreta no coreto.
As crianças em bandos felizes
dançam ao redor com balão
colorido
pipoca, algazarra e folguedo.
Venho de um lugar, onde no verão,
as cadeiras descansam na calçada
Onde, na madrugada, um violão
em serenata, acompanha o cantor,
nas juras dolentes à sua amada.
    6.13.2017
6.03.2017
DESASSOSSEGO
Em
frente à casa velha
de
porta e janelas faceando a rua
um
velho fumega seu palheiro. 
Hospitaleiro
e sem alarde, 
soa
na capela pacífica 
o
sino da tarde. 
Em
alguma estação distante, 
à
esta hora, um trem retorna
e
traz o viajante
para
os braços da amada. 
No
telhado corado 
à
luz da tardinha,
um
sabiá arremata seu canto. 
Morrem
longe
o
rumor alegre de fim de feira
e
o murmúrio afanoso
do
lavrador na aldeia.
Tudo
é lida e vagar, 
repouso
e fadiga, 
lanço
de escada, 
patamar...
Por
que então, ó meu Deus, 
não
dorme nunca em meu peito,
esta
alma desassossegada? 
    








